Procuro-te
louca, madrugada dentro.
Revolta
a cama, desfeita em sofrimento.
Sabes
que te amo e por sabê-lo humilhas
a
alma que te entrego sem pudores.
Húmido
e frio o chão e os pés descalços,
o
corpo a ser vencido por cansaços.
Espreito
nos bordéis, nos cantos mais imundos
Onde
se esconda o teu vulto adorado.
Descubro-te
entre murmúrios de desejo
por
essa mulher que prendes no teu beijo.
No
peito o grito e o calado espanto
corro
alucinada, não sei já o que sinto.
Meus
pés não sentem mais o frio da calçada
e
os restos da minha alma esfarrapada
arrastam-se
pelo caminho do desgosto
escondidos
num silêncio que me rasga.
Quero
que me mate a dor que me causaste
e
se apague em mim o amor que um dia amaste.
Que
venha a loucura piedosa e me alucine
pra
que tudo acabe e acabe este tormento.
22.04.2012 01,18h