Uma manhã virá em que não quererei
acordar
nalgum inverno frio onde não saberei viver
e voltará o medo que já viveu em mim
vindo dum tempo que julgava esquecido.
Que eu tinha medo de perder-te e te
perdi
e o tempo, doce engano, me enganou.
Não eram nossos os dias nem as horas
tão pouco garantidos os afetos.
Sem desculpas, sem ao menos avisar-me
saíste, longo dia era janeiro.
As lágrimas sufocavam o meu peito
e o espanto era tudo o que restava.
A noite transformada em tempestade
gemia como um pássaro ferido
e o uivo do vento que gritava
chamava o teu nome o tempo inteiro.
E se no sono ainda tenho os teus
abraços
no refúgio onde dorme o nosso amor
acordada duras provas são as minhas
e um vazio que não sei mais suportar.
O cansaço sem o teu abraço não se acalma
e o futuro sem a tua voz não tem sentido
Se ninguém me espera porque foste embora
não quero mais ficar onde não estás.
Haverá um dia em que não me importe com
quem fica
um dia em que só me importe quem já se foi…
Haverá um dia...
nalgum inverno frio onde não saberei viver
e voltará o medo que já viveu em mim
vindo dum tempo que julgava esquecido.
e o tempo, doce engano, me enganou.
Não eram nossos os dias nem as horas
tão pouco garantidos os afetos.
saíste, longo dia era janeiro.
As lágrimas sufocavam o meu peito
e o espanto era tudo o que restava.
gemia como um pássaro ferido
e o uivo do vento que gritava
chamava o teu nome o tempo inteiro.
no refúgio onde dorme o nosso amor
acordada duras provas são as minhas
e um vazio que não sei mais suportar.
e o futuro sem a tua voz não tem sentido
Se ninguém me espera porque foste embora
não quero mais ficar onde não estás.
um dia em que só me importe quem já se foi…