Já sei como se chega à
madrugada
sem passar pela noite
adormecida
mergulhar na imensidão
salgada
sem pisar a areia
entristecida.
Já sei como se chega à
liberdade
sem pisar o chão da
escravidão.
Escapar das leis da
ambiguidade
que fazem deste tempo
servidão
O meu pensamento embalado
nas minhas asas de vento
levam num grito abafado
toda a voz, que tenho dentro.
Sei como partir e regressar
sem nunca me perder pelo
caminho.
Voltar quando quiser ao meu
lugar
como quem volta ao velho
ninho.
E o meu pensamento embalado
nas minhas asas de vento
levam num grito abafado
toda a voz, que tenho dentro.