A vida se esvaíndo pouco a pouco.
Sem forças, já com leve respirar
oiço muito perto o gargalhar
daqueles que fizeram de mim louco
Percorro com o olhar os que restaram
em silêncio, neste quarto, antes da morte.
São poucos, que eu os conto, mas ficaram
perto de quem foi pobre e sem sorte...
Queria dizer adeus, um obrigado,
mas falta-me já a voz e o alento,
os olhos passeando em cada um...
vislumbro num aceno o vulto amado,
uns braços que me acolhem, advento
dum novo começar ou de nenhum...
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